29/11/2007
Caminhos pavimentados

Mitsubishi Motors amplia capacidade de processamento, armazenamento e backup para suportar demandas por, pelo menos, mais três anos.

Por Felipe Dreher
fdreher@itmidia.com.br

Com forte previsão de crescimento para os próximos anos, a Mitsubishi Motors identificou que precisava de nova estrutura de TI para suprir  a atual demanda e comportar a evolução da operação. Garantir a continuidade dos processos figurava como ponto-chave e, manter as linhas de produção em atividade, como fator crítico aos negócios. Depois de um diagnóstico, a montadora identificou que seria fundamental ampliar a capacidade de seus servidores para atingir seus objetivos.

A necessidade ficou ainda mais latente quando, há dois anos, o servidor principal apresentou problema e a baixa capacidade de processamento no equipamento de backup não supria a demanda. “Ficamos com poucas operações em funcionamento”, lembra Eduardo Maurício Zalamena, gerente de TI da Mitsubishi Motors. “Esse foi o ponto de partida para começar a pensar em uma atualização”, comenta o executivo.

Todo o data center da montadora em solo brasileiro está instalado na unidade fabril de Catalão (GO), onde a companhia mantém 1,7 mil funcionários e produz, diariamente, cerca de 130 veículos. A partir dos equipamentos do site, rodam o ERP, o sistema financeiro e todos os aplicativos da empresa no Brasil. “Trata-se de uma operação de missão crítica e estávamos no limite da capacidade. Tínhamos 222 mil transações por minuto. A demanda na faixa de produção estava próxima dos 100%, avalia Zalamena.

A Mitsubishi investiu aproximadamente R$ 2 milhões na implementação de novos servidores, sistemas de virtualização, armazenamento e backup. O fornecimento da tecnologia ficou com a TECMES, parceira IBM que já respondia pelo fornecimento de soluções para o departamento de engenharia da companhia. Já a integradora PartnerIT, que também executava serviços na montadora, foi responsável pela instalação das novas tecnologias. “Foi um trabalho realizado a seis mãos: o integrador, o canal e o cliente”, resume Calos Daniel Bulgarelli Ancesque, diretor-comercial da PartnerIT.

A partir de informações sobre as estimativas de crescimento da montadora, a TECMES primeiramente realizou um levantamento do ambiente tecnológico que o cliente já possuía. Então, desenhou cenários para implementação da melhor estrutura dentro das perspectivas de utilização da capacidade das máquinas no futuro. “Os equipamentos destinados a esse tipo de mercado apresentam uma diferença grande entre fornecedores, e isso dificulta ao cliente validar a melhor solução para sua empresa”, comenta Eduardo Bradaschia, diretor-comercial da TECMES. Na contas do executivo, oito ou nove diferentes cenários foram desenhados até a definição final das mudanças.

O resultado desse plano determinou a continuidade dos atuais sistemas operacionais, o upgrade de uma máquina IBM P570 – dobrando de quatro para oito o número de processadores – e a aquisição de um novo servidor IBM P590 – com 16 processadores – para o site principal. O primeiro equipamento foi dedicado ao site de backup e praticamente triplicou o ambiente de suportar todos os negócios da Mitsubishi, segundo Ancesque, da PartnerIT. “Melhoramos a taxa de performance de backup em 200%”, calcula. O ambiente de contingência, que não estava automatizado, tornou-se mais redundante e de acordo com o crescimento da capacidade produtiva. “Até o final do ano, o sistema de alta disponibilidade estará completamente pronto”, prevê o executivo.

Além disso, a motadora trocou suas duas unidades de storage DS430 por outros dois equipamentos DS 480 e duplicou sua capacidade de armazenamento de 5 para 10 terabytes, promovendo ganhos de agilidade. “Fora isso, atualizamos o banco de dados do Oracle 9 para a versão 10”, informa Zalamena. Na avaliação do gerente, a Mitsubishi adquiriu uma tecnologia com velocidade e capacidade de processamento para manter as operações por mais três anos.

A solução vendida permite migrar os recursos de processador, memória, discos e placas sem tirar o sistema do ar e também obter crescimento sob demanda – basta ativar os processadores temporariamente em momentos de pico de utilização, gerando melhor aproveitamento da máquina. Com equipamentos de alta performance e virtualização, a Mitsubishi também pôde migrar aplicações de computadores menores para o novo servidor.

Além dos benefícios como ganhos de disponibilidade e possibilidade para atender rapidamente as demandas, a montadora obteve maior proteção contra eventuais desastres. Outra vantagem, propiciada pela aquisição de um servidor mais potente, foi a possibilidade de redução da quantidade de licenças de software, uma vez que a conta é feita em cima do número de processadores. Com maior velocidade de processamento, menor número de processadores e, consequentemente, mais barata a utilização do sistema. Mesmo assim, a empresa optou por manter o volume atual de licenças, diante do crescimento eminente.

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